Casti: Guardiã milenar da Castanheira que inspira e protege

Casti, a castanheira símbolo da Amazônia, vive séculos, alimenta, protege e conecta ciência, cultura e afeto em sua versão digital na Wood Chat.

A força da castanheira na floresta e na economia

A castanheira-do-brasil é uma árvore nativa da Amazônia e única espécie do gênero Bertholletia, pertencente à família Lecythidaceae. Pode ultrapassar 50 metros de altura e viver mais de 500 anos. Sua copa majestosa e raízes antigas fazem dela uma verdadeira guardiã da floresta.

No Brasil, a castanheira ocorre principalmente na região Norte, abrangendo estados como Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Amapá e Roraima, além de áreas de transição no Mato Grosso. Fora do Brasil, está presente na Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname (Embrapa).

O corte da castanheira é proibido por estar listada como espécie vulnerável na Portaria MMA nº 443/2014. A proteção é reforçada pela Lei nº 9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais, que prevê penalidades para quem cortar, explorar ou comercializar espécies ameaçadas sem autorização. Além disso, a Resolução CONAMA nº 278/2001 também dispõe sobre a proibição de corte e exploração de espécies ameaçadas, embora seu escopo seja voltado à Mata Atlântica.

O fruto da castanheira é a conhecida castanha-do-brasil, considerada um superalimento rico em selênio, magnésio, fósforo e gorduras boas (TBCA). Essa amêndoa é parte essencial da dieta de comunidades amazônicas e um dos principais produtos da sociobiodiversidade brasileira.

A ecologia da regeneração: a parceria com a cutia

No ciclo da floresta, a castanheira mantém uma relação especial com a cutia, um pequeno roedor que atua como “jardineiro natural”. Ao enterrar sementes para comer depois, a cutia acaba esquecendo parte delas no solo, o que favorece a germinação e o surgimento de novas árvores (Observatório da Castanha – Scoles, 2012). Sem esse processo, a regeneração natural da castanheira seria muito mais difícil.

Essa interação é um exemplo claro de sociobiodiversidade: a interdependência entre espécies e comunidades, que garante a resiliência da floresta.

A Wood Chat e a criação da Casti

A Wood Chat é uma startup acreana que une educação ambiental e tecnologia para conectar pessoas à Amazônia. A empresa criou a Violeta, uma assistente virtual no WhatsApp que responde perguntas sobre manejo florestal sustentável, espécies da floresta e curiosidades da biodiversidade.

Dentro desse universo, nasceu a Casti, personagem inspirada na castanheira. Retratada como a matriarca sábia da floresta, ela leva ao público informações sobre a importância ecológica, cultural e econômica da Bertholletia excelsa, além de curiosidades que despertam empatia e respeito pela natureza.

A Semana de Lançamento da Casti

Para apresentar a personagem ao público, a Wood Chat realizou a Semana de Lançamento da Casti, uma campanha nas redes sociais e no WhatsApp que combinou ciência, cultura e interação. Ao longo da semana, foram publicados conteúdos que exploraram:

  • História e botânica da castanheira: origem, características e ciclo de vida.
  • Ecologia da espécie: papel da cutia na dispersão das sementes e regeneração natural.
  • Valor nutricional e econômico da castanha-do-brasil.
  • Proteção legal: corte proibido e importância da preservação.
  • Mensagens interativas da própria Casti, convidando o público a conversar com ela no WhatsApp via Violeta.

O objetivo não era apenas informar, mas criar um vínculo afetivo entre as pessoas e a árvore. Quando o público “conhece” a Casti, passa a lembrar da castanheira não apenas pelo nome científico, mas pelas histórias, personalidade e relevância que ela representa.

Educação ambiental com tecnologia

A abordagem da Wood Chat mostra que educação ambiental pode ser leve, interativa e acessível. Ao transformar espécies reais em personagens, a startup humaniza a floresta e facilita a criação de memórias afetivas.

O WhatsApp, um canal já presente no cotidiano de milhões de brasileiros, tornou-se uma porta de entrada para aprender sobre a Amazônia. A Violeta, mediadora dessa experiência, garante que qualquer pessoa, seja estudante, agricultor, engenheiro florestal ou curioso, possa interagir e aprender de forma prática.

A importância da sociobiodiversidade na prática

O caso da castanheira e da cutia é um lembrete de que a floresta é um sistema integrado. Animais, plantas e seres humanos estão interligados, e a sobrevivência de um depende do outro. A sociobiodiversidade não é apenas um conceito acadêmico, é uma realidade que sustenta economias, culturas e ecossistemas.

Proteger a castanheira significa também proteger a fauna que dela dependem, as comunidades que dela vivem e o equilíbrio ambiental que ela ajuda a manter.

Conecte-se com a Casti

Durante a Semana de Lançamento, muitas pessoas descobriram pela primeira vez detalhes sobre a Bertholletia excelsa que vai além da castanha-do-brasil vendida em feiras e mercados. Aprenderam sobre sua longevidade, seu papel como “árvore-âncora” da floresta e a relação vital com outras espécies.

Agora, esse aprendizado pode continuar no seu celular. Ao conversar com a Casti no WhatsApp, o usuário recebe informações, curiosidades e até desafios de conhecimento sobre a Amazônia. É uma forma simples, direta e gratuita de se aproximar da floresta, mesmo estando longe dela.

 Converse com a Casti no WhatsApp e descubra como a Amazônia vive em cada detalhe. 💚
Link para conversar com a Casti

Um modelo para outras espécies

A iniciativa com a Casti é parte de um projeto maior da Wood Chat: criar personagens baseados em espécies amazônicas para fortalecer a educação ambiental e o engajamento. Cada personagem é desenvolvido com base em dados científicos e traduzido em narrativas que despertam empatia.

Assim como a Casti apresenta a castanheira, outras árvores e animais da Amazônia também poderão ganhar voz, ajudando a contar as histórias da floresta de forma mais próxima e envolvente.

Conclusão

A castanheira, com sua imponência e importância, é um símbolo vivo da Amazônia. Ao transformá-la na Casti, a Wood Chat oferece uma nova maneira de conhecer e valorizar essa espécie. É a união da tecnologia com a tradição, da ciência com a cultura, da educação ambiental com a sociobiodiversidade.

Proteger a castanheira é proteger a floresta e agora, com a ajuda da Casti, essa mensagem pode chegar a ainda mais pessoas.

 

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Fernanda Onofre

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